A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde já recebeu perto de duas dezenas de queixas em relação ao processo de pedido de isenção de taxas moderadoras. Hoje de manhã, numa iniciativa junta ao centro de saúde do Bom Jesus, a porta-voz desta comissão, Elisa Mendonça, salientou que "há muita falta de informação nos centros de saúde" e, por isso, quem recorre mais a esta isenção - os idosos - têm de ir às Finanças várias vezes por falta dos papéis adequados, daí pedirem para que este processo seja clarificado.
Elisa Mendonça referiu que, na altura, as entidades divulgaram que este processo era pelo agregado familiar, "mas depois é recusado e têm de fazer em nome individual". "Outra das questões é que o Governo Regional veio a público dizer que quem tivesse um rendimento no limite de 600 euros estava isento das taxas moderadoras e o que se têm verificado é que nem sempre tem ocorrido assim, há agregados com rendimentos de 500 euros a quem já lhes foi negada a isenção das taxas moderadoras", exemplificou.
A porta-voz desta iniciativa recordou ainda que este processo era provisório até Setembro e que, até ao momento, o SESARAM ainda não explicou como será a isenção das taxas moderadoras a partir do mês que vem.
Elisa Mendonça disse também que têm recebido queixas por causa da falta de medicamentos na farmácia do Hospital para doentes crónicos, que precisam dessa medicação para toma diária. "Está em causa a dignidade e a sobrevivência destes utentes", frisou, sublinhando que o caso que lhes foi relatado diz respeito a um doente com o vírus da Sida.