quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Comissão de Utentes pede clarificação do processo de isenção de taxas moderadoras


A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde já recebeu perto de duas dezenas de queixas em relação ao processo de pedido de isenção de taxas moderadoras. Hoje de manhã, numa iniciativa junta ao centro de saúde do Bom Jesus, a porta-voz desta comissão, Elisa Mendonça, salientou que "há muita falta de informação nos centros de saúde" e, por isso, quem recorre mais a esta isenção - os idosos - têm de ir às Finanças várias vezes por falta dos papéis adequados, daí pedirem para que este processo seja clarificado.
Elisa Mendonça referiu que, na altura, as entidades divulgaram que este processo era pelo agregado familiar, "mas depois é recusado e têm de fazer em nome individual". "Outra das questões é que o Governo Regional veio a público dizer que quem tivesse um rendimento no limite de 600 euros estava isento das taxas moderadoras e o que se têm verificado é que nem sempre tem ocorrido assim, há agregados com rendimentos de 500 euros a quem já lhes foi negada a isenção das taxas moderadoras", exemplificou.
A porta-voz desta iniciativa recordou ainda que este processo era provisório até Setembro e que, até ao momento, o SESARAM ainda não explicou como será a isenção das taxas moderadoras a partir do mês que vem.
Elisa Mendonça disse também que têm recebido queixas por causa da falta de medicamentos na farmácia do Hospital para doentes crónicos, que precisam dessa medicação para toma diária. "Está em causa a dignidade e a sobrevivência destes utentes", frisou, sublinhando que o caso que lhes foi relatado diz respeito a um doente com o vírus da Sida.



Falta informação sobre a isenção de taxas moderadoras

A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde tem ouvido muitas queixas. Na farmácia do Hospital faltam medicamentos.


As taxas moderadoras, que foram implementadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no âmbito do Plano de Ajustamento Financeiro para a Região Autónoma da Madeira, continuam a dar que falar.
Hoje, em frente ao Centro de Saúde do Bom Jesus, a Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde deu conta das inúmeras queixas que tem recebido dos utentes. Elisa Mendonça observou que há muita falta de informação sobre a documentação exigida para a isenção.
“Há muita falta de informação nos centros de saúde e os idosos que requerem a isenção das taxas moderadoras têm muitas dificuldades”. Uma situação que também se verifica junto de outras pessoas, que andam das finanças para os centros e dos centros para as finanças.
A responsável da Comissão de Utentes explicou que o Governo Regional anunciou a isenção para rendimentos inferiores a 600 euros, mas que isso não se está a verificar. “Há quem tenha um rendimento inferior a 600 euros e não tem direito a beneficiar da isenção. Isto tudo precisa de clarificação, porque o utente não pode ser continuamente prejudicado”.
Mas, para além destes problemas, aumentam as queixas da falta de medicamentos na farmácia do hospital, sobretudo para os doentes crónicos. “Falamos de medicamentos que são de toma diária e que não podem faltar. A saúde é uma prioridade e não pode estar dependente das finanças”.