terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Orçamento não beneficia setor da saúde

http://www.diariocidade.pt/?p=41982

A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde denuncia que as verbas destinadas ao sector ‘são somente para pagar dívidas de anos anteriores’.


“Uma vez mais constatamos um plano de boas intenções, mas que na concretização fica aquém do esperado. As verbas destinadas a este sector são somente para pagar dívidas anteriores. Para o real investimento numa política de saúde ao encontro das necessidades dos utentes é praticamente nulo. Quando no Orçamento Regional para 2013 se diz que é preciso ‘cortar com custos operacionais’ deve-se ler o seguinte: ‘implementação de mais taxas moderadoras’”, aponta Carolina Cardoso, através de um comunicado enviado às redações.
A responsável pela Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde denunciou, ainda, que os investimentos contidos no PIDDAR 2013 para melhoria e recuperação de infraestruturas para os centros de saúde na Região “passam de ano para ano”. No entanto, “nada é realizado, concretizado, melhorado ou recuperado” acusou, dando como exemplos os centros de saúde da Calheta e de Santana “em que chove dentro”.
A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde reivindica também a construção de um novo hospital. “Num orçamento em que estão contemplados milhões para piscinas e zonas balneares (muitas delas inoperacionais) é inaceitável que não estejam contemplados fundos para o Novo Hospital”, argumenta Carolina Cardoso, acrescentando que o Orçamento Regional para 2013 também deve contemplar verbas para a reabertura das urgências noturnas nos centros de saúde que foram alvos de encerramentos.
“Por estas questões, a Comissão dos Utentes do Serviço Regional de Saúde considera que a proposta de Orçamento não vai ao encontro das aspirações das populações, uma vez que não reverterá em melhor qualidade em saúde. Só confirmará aquilo que estamos a presenciar e a experimentar já há algum tempo a esta parte: a degradação das condições do serviço público de Saúde na Região Autónoma da Madeira”, conclui Carolina Cardoso.

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